Nós, aqui do TUDO DO BEM, normalmente passamos longe de discussões religiosas. Acreditamos na liberdade total de crença e na convivência harmônica entre os diversos tipos de fé — incluídos aí também os ateus, claro.
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Mas merece destaque a polêmica levantada por um novo game, batizado de “Fight of Gods” (“Luta dos Deuses”). Baseado no estilo do clásico “Street Fighter”, ele opõe deuses e ícones religiosos de diversas crenças em batalhas épicas.
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Eis um exemplo: no primeiro round, Zeus enfrenta Buda, que depois pode encarar Moisés e, por fim, partir para a ignorância com Anúbis. Simples e complexo assim. “Os deuses estão em guerra”, diz uma das telas do jogo:
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O trailer do game no YouTube, que você pode ver ao final desta página, apresenta os 8 personagens incluídos na versão de lançamento. Mas há destaque para um deles em particular. Veja a sequência de imagens abaixo:
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É claro que o game causou polêmica imediata. Seu trailer já teve quase 600.000 visualizações no YouTube e os downloads na plataforma de jogos Steam não param de crescer. E as redes sociais logo começaram a debater sobre ele.
Criado em Taiwan e distribuído por uma empresa britânica, “Fight of Gods” já foi banido na Malásia. Líderes religiosos do país conseguiram convencer o ministério das comunicações a proibir o download do game. E é bem provável que atitudes semelhantes aconteçam em breve ao redor do planeta.
A pergunta que fica é: pode isso?
Obviamente, a liberdade de expressão é um direito que jamais pode ser obliterado nas sociedades democráticas. Mas o fato é que o jogo pode ofender (e muito) fiéis de quase todas as religiões representadas. Afinal, o fundamentalismo, não importa qual a fé em questão, sempre acaba dando as caras em situações como essa.
Para nós, do TUDO DO BEM, “Fight of Gods” entra na lista de coisas desnecessárias da cultura pop. E torcemos para que os criadores do game não sofram com suas consequências. A lembrança do atentado contra a redação do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, em janeiro de 2015, vem à tona para mostrar que é melhor não brincar com a fé alheia.
Assista ao trailer de “Fight of Gods” e tire suas próprias conclusões: